A grande maioria das pessoas que frequenta a Igreja aspira,
pretende e se identifica como discípulo de Jesus Cristo. E é muito bom que
assim o seja. É muito bom que cada pessoa na Igreja tenha no coração este
desejo de querer aprender da vida de Jesus, de ser continuamente instruído em
Sua doutrina, de “frequentar” a escola de tão Divino Mestre. Mas Jesus não quer
apenas “discípulos”. Jesus não nos quer “eternamente” alunos, como simples
aprendizes de um ofício que nunca exercitamos, nunca assumimos e para o qual
estamos sempre sendo treinados...
Não. A Igreja está por demais povoada de “discípulos do
amanhã”, que sempre que convidados a assumir uma tarefa mais séria, uma
atividade mais comprometedora com a Boa Nova, pondo em risco e oferecendo ao
desgaste a própria vida pela causa do Reino, recusam-se, alegando não estar
ainda “preparados” para tal serviço, não ter ainda “condições” de se doar como
o trabalho em questão exige. Preferem continuar “discípulos”, apenas. Preferem
continuar tendo “ótimas ideias” e “planos impressionantes”, mas... para os
outros executarem! E passam a vida “se preparando”, deliciando-se com os
ensinamentos recebidos de outrem, às vezes criticando quem trabalha,
contestando isso e aquilo, para, quem sabe, num amanhã que nunca chegará,
oferecer ao Senhor os “restos” de suas vidas egoístas e medrosas...
João Paulo II, em sua Exortação Apostólica
Catechesi Tradendae nos chamava a atenção para o fato de que uma das missões do
Espírito Santo é exatamente a de transformar aquele que é discípulo em
testemunha de Jesus Cristo (CT 72). Ou seja, depois de testemunhar Jesus em nós
e nos tornar discípulos, o Espírito quer que nós mesmos testemunhemos a Jesus,
trabalhando por
manifestá-lo a outros que não O conhecem (Jo 15,26-27). E não precisamos nos sentir “despreparados” ou incapacitados. A capacitação para testemunhar a Jesus vem do Espírito, e não de nosso “muito tempo” na escola da fé. Pois esta foi a promessa feita por Jesus a um grupo especial de discípulos: “... Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força e sereis minhas testemunhas (...) até os confins do mundo” (At 1,8). De maneira que todo aquele que, na Igreja, não dá testemunho de sua fé em Cristo, precisa se perguntar discípulo de quem realmente é... e se, na verdade, está se deixando habitar e conduzir por Seu Espírito. Porque a consequência de quem busca viver na plenitude do Espírito é dar testemunho de Jesus...
manifestá-lo a outros que não O conhecem (Jo 15,26-27). E não precisamos nos sentir “despreparados” ou incapacitados. A capacitação para testemunhar a Jesus vem do Espírito, e não de nosso “muito tempo” na escola da fé. Pois esta foi a promessa feita por Jesus a um grupo especial de discípulos: “... Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força e sereis minhas testemunhas (...) até os confins do mundo” (At 1,8). De maneira que todo aquele que, na Igreja, não dá testemunho de sua fé em Cristo, precisa se perguntar discípulo de quem realmente é... e se, na verdade, está se deixando habitar e conduzir por Seu Espírito. Porque a consequência de quem busca viver na plenitude do Espírito é dar testemunho de Jesus...
Na Audiência Geral de 24 de maio de 1989, em Roma, o hoje
beato João Paulo II nos ensinava: “A ação do Espírito Santo é a de
dar testemunho! E uma ação interior, tri-imanente, nos corações dos discípulos,
que então se tornam capazes de dar testemunho de Cristo eternamente... Ao
testemunhar Cristo, o Paráclito é um assíduo Advogado e Defensor da Obra de
Salvação e de todos aqueles que estão engajados nesta Obra”. Seu predecessor –
Paulo VI – na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (n.75), já
enfatizava: “”. Não poucas pessoas são motivadas, atualmente, a ansiar
por uma renovada efusão do Espírito Santo em suas vidas. Querem “o poder do
alto”, prometido (cf. At 1,5-8). Mas nem sempre se mostram dispostas a estender
a visão a respeito dessa força recebida para além do exterior aspecto
glorioso que a pode acompanhar, e usá-la para aquele propósito primeiro indicado
por Jesus Cristo de sermos, por causa dela, suas destemidas testemunhas (cf. At
1,8), capazes de por Ele correr riscos, fazer sacrifícios e suportar
afrontas... Falando aos jovens na Jornada Mundial de Sidney, na Austrália
(20/07/2008), momentos antes da cerimônia do Crisma, o papa Bento XVI se
perguntava (e respondia!): “Que significa receber o ‘selo’ do Espírito
Santo?... Significa ficar indelevelmente marcados, significa ser novas
criaturas. Para aqueles que receberam este dom, nada mais pode ser como antes.
Ser “batizados” no Espírito significa ser incendiados pelo amor de Deus,
“beber” do Espírito (cf. 1 Cor 12,13) significa ser refrescado pela beleza do
Plano de Deus sobre nós e o mundo, e tornar-se por sua vez uma fonte de frescor
para os outros. Ser ‘selados com o Espírito’ significa além disso não ter medo
de defender Cristo, deixando que a verdade do Evangelho permeie a nossa maneira
de ver, pensar e agir, enquanto trabalhamos para o triunfo da civilização do
amor...”
Jesus era ainda um simples menino quando seus pais O
encontraram – em meio aos doutores da lei – trabalhando pela causa do Reino,
junto ao templo de Jerusalém. Perguntado por que fazia aquilo, naquelas
circunstâncias, respondeu: “Acaso não sabíeis que devo me ocupar das coisas de
meu Pai?” (Lc 2,41-52). Se é que temos o mesmo Pai a que se refere Jesus, a
hora de ocuparmo-nos de Sua obra é hoje, é agora! Aliás, colaborar efetivamente
com as obras que buscam promover a glória de Deus e testemunhar a Jesus é a
condição para que Ele também um dia dê testemunho a nosso favor diante do Pai
que está nos céus (Mt 10,32-33). Amém!
Por Reinaldo Beserra dos Reis – Assessor para as Comunidades
da RCCBRASIL
Grupo de Oração Elena Guerra
Grupo de Oração Elena Guerra
Nenhum comentário:
Postar um comentário