“JUVENTUDE E FAMÍLIA” 

Talvez a “FAMILIA” seja o tema mais importante de toda história da humanidade, pois traz consigo uma gama de situações, sentimentos e características que são fundamentais para a construção da nova Civilização do Amor.
A sociedade, a mídia, usa o tema “família” como meios comerciais esquecendo o verdadeiro sentido / essência desta entidade na sociedade. Usam a família como subterfúgios de situações extremamente importantes tais como drogas, violência, etc.
Não discordo que a família seja à base construtiva de uma sociedade, pois é dela que nasce a principal fonte de subsistência emocional do ser humano. Através do amor e do carinho de uma família, o jovem que está em processo de construção de sua identidade e do seu caráter passa automaticamente a se afastar de temas que aflige a todos hoje, como drogas e violência. O que me preocupa realmente, e que deve nos deixar sempre em alerta, é a forma com que este tema é exposto hoje, a forma com que o tema “família” é utilizado, em especial a exposição de valores adversos ao verdadeiro sentido desta entidade.

É fácil culpar pais e mães por uma série de fatos e situações difíceis que a juventude enfrenta nos dias de hoje, mas e a sociedade, a mídia, a música, as entidades governamentais, etc., têm feito sua parte para fortalecer a família como subsídio do amor? Acredito que não.
O questionamento anterior é apenas para sua reflexão, pois a mensagem que quero mesmo deixar hoje é a importância da família para a juventude.

A recíproca deve ser verdadeira, o amor familiar tem que ser dado pelos pais, mas também deve ser uma busca constante dos filhos. Tal situação só se dará através de uma criação bem fundamentada na identidade cristã, utilizando sempre a sagrada família como exemplo a ser seguido.
Ressalto que não é só ensinar a juventude (os filhos) o “4º” mandamento da igreja “honrar teu pai e tua mãe”, mas deve partir dos pais serem exemplos de amor, do testemunho de fé e de unidade.
No Ano Internacional da Juventude – 1985 – João Paulo II escreveu um texto muito importante para os jovens, que até hoje continua super atualizado, onde traz exatamente o que quis dizer anteriormente. Segue um pequeno trecho do texto:

“Hoje em dia os princípios da moral conjugal cristã, em muitos meios, são apresentados sob uma imagem deformada. Procura-se impor a vastos círculos e até mesmo a sociedades inteiras um modelo que se autoproclama ‘progressista’ e ‘moderno’. Não se repara, quando assim acontece, que neste modelo o homem e, talvez, sobretudo a mulher, de sujeito é transformado em objeto (objeto de uma manipulação específica), e todo o vasto conteúdo do amor é reduzido ao ‘gozo’ do prazer que, mesmo que existisse de ambas as partes, não deixaria de ser egoísta na sua essência. Por fim, a criança, que é o fruto e a encarnação nova do amor dos dois, torna-se cada vez mais um adjunto incômodo. A civilização materialista e a civilização do consumo penetram em todo este maravilhoso conjunto do amor conjugal, paternal e maternal e despoja-o daquele conteúdo profundamente humano, que desde o princípio foi marcado por um cunho e reflexo divino.

O texto relata exatamente o sentimento e a subutilização da família nos dias de hoje. Devemos então ligar o alerta, para não deixarmos de criar nossos filhos de forma correta e fazer de nossas famílias o verdadeiro ninho de AMOR, onde o matrimônio segue como a união de dois corações em um só, e o filho (a) como o verdadeiro fruto de um AMOR infinito entre dois seres humanos emanados de muito AMOR e Deus no coração.

Para fechar, trago uma frase do escritor Içami Tiba que diz: “a família sempre foi, é, e continuará sendo o principal núcleo afetivo de qualquer ser humano”. Nela é que se constroem valores, se experimenta o amor sem medida. Neste natal, não deixe de viver este AMOR em sua totalidade, ame seus país, ame seus filhos, irmãos, tios, avós, sobrinho, primos, amigos, etc…
  
“A caridade de Cristo nos Impele” - São Vicente Pallotti. Abraços e fiquem com Deus.


Marlon José Higino da Roza
Comissão Juventude Palotina do Brasil

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